Sim...nós somos mulheres celtas!


As mulheres celtas eram criadas tão livres quanto os homens. 
Elas tinham o direito de escolher os seus parceiros e não eram forçadas a uma relação contra a sua vontade. 
Trabalhavam para garantir seu próprio sustento, orgulhavam-se de ser excelentes amantes, mães e administravam com maestria o lar.

A primeira lição que aprendiam: 

“Ama teu homem e o segue, mas somente se ambos representarem um para o outro o que a Deusa Mãe ensinou: amor, companheirismo e amizade.” 

Elas eram temidas pelos seus adversários, já que eram treinadas desde pequenas para manejar armas, também.

Amavam os seus filhos com paixão faziam qualquer coisa para defendê-los, até matar ou lutar selvagemente.
Diziam que eram protegidas da  Deusa, e nessas ocasiões se manifestava em seu aspecto mais terrível. Como inimigas eram invencíveis, se a sua prole fosse ameaçada.  Como amigas eram as mais fieis.

Antigas lendas falam de mulheres sábias, médicas, legisladoras, druidesas, poetisas, indicando que as mulheres ocuparam essas posições dentro da sociedade. 
Houveram muitas mulheres governantes e esposas de governantes muito populares, assim como também guerreiras. 
Elas podiam até mesmo ostentar o mando militar.

Apesar de guerreira, a mulher celta se preocupava com a aparência. 
Trançava os cabelos, usava muitos adornos e até pequenos sinos em suas roupas para atrair a atenção do sexo oposto. 
Eram fortes, mas muito femininas, pois sabiam que eram as únicas do gênero humano que podiam gerar uma nova vida. 
Confiavam na sua capacidade reprodutora, pois sem elas não haveria descendência, não haveria família, nem clã, nem tribo. 

Os povos Celtas se organizaram através da mulher. 
Pela capacidade de ler o Oráculo e seu eco místico, a mulher tornou-se legisladora e poderosa.

A sociedade celta não era nem matriarcal, nem patriarcal. 
As  responsabilidades eram realizadas de forma complementar - dentro do que seriam os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade nos nossos dias. 

O homem era representado pelo sol, pelo dia, o claro e a capacidade de prover; 
 a mulher pela lua, a noite, que acolhe, acomoda e aconchega.

Na cultura celta não havia a imagem rígida do "certo" ou "errado", mas formas diferentes de ver e viver, sabendo que cada um é responsável pelos seus atos, e que tudo tem dois lados.  Prezava-se muito o respeito às escolhas do outro.

 Os casais se uniam de acordo com sua livre escolha, sem dogmas ou obrigações e da mesma forma se separavam se desejassem.

Inexistia o conceito de posse ou de domínio entre os casais. Para os celtas, um era complemento do outro.

As mulheres eram muito respeitadas porque "sangravam" todo mês e não morriam, enquanto que o mesmo não acontecia com os homens que voltavam feridos do campo de batalha. 
Elas eram ainda mais respeitadas por serem capazes de dar cria a seres pequenos.

O casamento celebrava a junção de duas almas que se escolheram para compartilhar os sentimentos que nutrem uma pela outra.

Eles respeitavam a dor. "Mãe-Dor", como a chamavam, era compreendida como uma forma de crescimento.

Os celtas viviam próximos à floresta, eram caçadores e agricultores.

Realizavam festas, com danças, músicas e rituais, para comemorar fases da lua, estações do ano, boa colheita, chegada das chuvas, entre outras, as quais costumavam durar do poente ao nascente.

O pão e o vinho eram consumidos nas refeições e simbolizavam as bênçãos que a terra dá. 

Depois das perseguições pelas quais passaram após a romanização da Irlanda, as mulheres sobreviventes infiltraram-se na floresta buscando proteção e com isso, sábias que eram, aperfeiçoaram e preservaram os seus conhecimentos.

O alto clero católico considerava tais mulheres uma ameaça, pois elas não aceitavam e não se submetiam, aos conceitos patriarcais da Igreja, e em função da sua sabedoria popular, da capacidade de cura e de adivinhações, entre outras qualidades, e "poderes psíquicos" que demonstravam e, por isso, foram aprisionadas e condenadas à fogueira.

A sociedade celta sempre reservou à mulher um lugar honroso, e nos melhores momentos irlandeses - épicos ou mitológicos - lá onde o paganismo se manteve mais forte, ela aparece como poetisa encarregada das profecias e mágicas. 

A mulher celta era livre, dona de seu destino. 


Comentários

Postagens mais visitadas