Mentia
Mentia com a delicadeza de quem brinca de casinha numa manhã fria de domingo, mas mentia de segunda a segunda.
Mentia com tanta facilidade que vestia de verdade colorida e cintilante até a mais feia e fria mentira.
Mentia e queria tanto acreditar que suas mentiras eram verdade, que de vez em quando as vestia de fantasia.
Discursava lindamente.
Realizava quase nada.
Era uma bela teoria da alegria gratuita.
Quase um livro de auto ajuda bem guardado dentro de uma Victor Hugo comprada no camelô.
A gente até queria acreditar, por graça ou por piedade.
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