Amizade que não reconhece fronteiras

Encontros, reencontros, saudades. Conhecer, reencontrar, se reidentificar. Ou não.
Pouco ou muito tempo, não importa - a dimensão "tempo" é ignorada pelos sentimentos.
As verdades, as cumplicidades se reconhecem imediatamente, independente do contato físico.
Quem é, sempre será. Quem foi, continuará sendo. Quem nunca foi, pode vir a ser.
Amizade é assim...
Depois de um reencontro de corpos e almas, de rever e reconhecer Cida, de conhecer melhor o Toninho ( um anfitrião como poucos!), de rever e reencontrar até a alma da Noelia, em Brasília, me senti revigorada. O sentimento "amizade" é importante demais pra mim.
Fui lá, pessoalmente, regar algumas das plantinhas mais importantes da minha vida. Voltei me sentindo renovada.
Cheguei de viagem há alguns dias e só agora consigo escrever sobre o que senti. Ainda estou saboreando aquele gostinho de quero mais.
Foi mágico, ainda que conturbado, perceber que "funcionamos" muito bem, inclusive profissionamente, apesar do longo período de "não convivência".
Estive dentro da casa deles e me senti parte da família, apesar de tanto tempo distantes.  Quanto tempo?
Não sei. A amizade, essa louca, desconhece tempo e distância.
Quero manifestar, de todas as formas, a minha gratidão, a minha admiração, por esse casal e por esses indivíduos, que se tornaram ainda mais caros para mim, depois dessa experiência.
O mesmo posso dizer dos filhos, que carreguei no colo e hoje tornaram-se homens admiráveis.
Victor Hugo, fazendo jus ao seu nome literário, é um  gênio divertido, de inteligência perspicaz, de humor singular, ao lado de quem tive orgulho de estar, vendo as obras de sua mãe, na passarela. 
Vinícius, também de inspiração literária, me inspira os sentimentos mais carinhosos, conserva o charme que sempre foi a sua marca, agora acrescido da admiração pelo empreendedor de sucesso em que se transformou.
A amizade REALMENTE desconhece fronteiras. 
Não é apenas clichê, não é efêmero.
É tão real como sonhar com o próximo reencontro.