Karin Mosquitinha

Ela sempre tenta parecer mais forte do que é.
Costumo chamá-la de vez em quando de "Mosquitinha", numa alusão àquela pequena flor branca, pequenininha e delicada, usada nos arranjos de festas.
Ela é grande, alta, lembra um girassol, uma bromélia, mas na verdade, esconde um mosquitinho de delicadezas, na alma.
Ela é meio anjo, meio bruxa (feiticeira, como ela prefere ser chamada).
Temperamental, impulsiva, doce e amarga.
Tem nos olhos um mundo de sonhos com mar, areia, fantasias inexplicáveis com as cores da terra, do mato, temperadas com poesia.
Se fosse água seria as inconstantes e intensas águas do mar.
Se fosse terra, seria terremoto. Se fosse fogo, seria vulcão. Se fosse ar seria vento, tornado, furacão.
Ao mesmo tempo em que valoriza as coisas do passado, a história e as artes, ela é antenada, ligada à teconologia e a tudo o que o mundo nos traz de novo. É Carmen Miranda e Star Wars.
É o antigo e o novo convivendo numa colorida mistura de alegrias.  É uma geminiana de corpo e alma. É tudo e nada. É todas e é única.
Esse "ser tudo ao mesmo tempo agora" é que a faz única.
Ela é mais que amiga...
Há uma sinergia de almas que nenhuma explicação lógica seria capaz de traduzir.
É o sentir, mesmo à distância, O reconhecer sutilezas na voz, no olhar, até no jeito de escrever.
É não precisar dizer nada.  É a certeza de que nunca estou só.